Wednesday, October 7, 2015

Belgium - Brussels Part I


Depois de vários destinos riscados, decidimos ir até à Bélgica, onde nenhum de nós tinha ainda ido.

Quando se gosta de viajar e se juntam das pessoas, encontrar destino por conhecer, não é fácil, ainda que o mundo seja enorme e a experiência seja sempre diferente.

Dia 1.

Deitar tarde e acordar cedo. Quem viaja nos primeiros voos da manhã é o que tem e culpa é nossa, que fomos nós que assim marcamos.
Entre acabar as malas, verificar que não esquecemos nada importante e a excitação de ir partir para um novo destino, são duas da manhã. Tínhamos de acordar às 4:30 para ir para o aeroporto, logo, não foi um noite mal dormida. Há alguém das viagens que saiba algum truque pré via de voo?
Eu não.

Acordar, passear o Kuma ( o nosso Akita ), alimentar o pequeno e a gata, tomar banho, rever a lista das coisas, deixar números de telefone importantes no frigorífico. Está tudo? Nunca está tudo.
Os pais dele vinham-nos buscar para nos levarem ao aeroporto, despedida rápida e um até daqui a uns dias.

O aeroporto é quase uma segunda casa, que nos últimos anos está sempre em remodelação.
O check-in fez-se online mas ao chegar ao drop off de bagagem, um dos nossos lugares tinha sido alterado - e pronto, que remédio. Coisa boa destas andanças, é que, fomos promovidos a lugares de executiva por algum motivo que nos é alheio.

Um par de horas em viagem e aterramos em Bruxelas.



O primeiro dia, fez-se de encontros. A Carla e o António foram esperar-nos ao aeroporto e levaram-nos até ao hotel, proporcionando vista e conversa. Deixamos alinhado jantar e fomos deixar malas.

Preparamo-nos para um passeio ligeiro - o ideal seria ir dar um olho à Grand Place - e foi mesmo isso que fizemos. Rumamos ao destino, de mapa no bolso e gps na mão. Sabíamos que o destino estava a 20 minutos a pé, um instante. Esse instante demorou quarenta minutos, entre paragens para fotos e um almoço dividido entre os dois, mas isto em relação ao tempo, porque o destino ficou por chegar. A tecnologia de de si e demos por nós no caminho oposto e a chuviscar.
Se as apps meteorológicas diziam chuviscos leves, o que sentimos foi chuva a sério. Desistimos de ir ao centro e regressamos ao hotel para um banho quente e uma mini-sesta antes do jantar.





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Repousados e com a fome a bater à porta, o António veio buscar-nos para nos encontrar-mos no local, com a Carla e o Tomás.

O restaurante não só tinha um ambiente convidativo como a decoração era super engraçada, seguindo a temática de teatro de marionetas: Guignol .
Por recomendação do Tomás, comemos Spare Ribb's Caramélisés, e digo-vos, que no prato só ficou o que não deu mesmo para comer e claro, que tivemos de experimentar cerveja com o jantar, não estivessemos nós na Bégica.






Ainda nos levaram a ver o Atomium à noite mas como chovia um pouquinho só ficamos tempo suficiente para a selfie da praxe.

Deixamos combinado que nos veríamos no dia seguinte, à tarde, para um passeio pela Forêt des Soignes e pelo Arboretum de Tervuren.






Sunday, August 30, 2015

Saturday, August 29, 2015

Mina de São Domingos, Beja, Alentejo - Parte III

Deixamos a estrada por um bocado, fomos a casa deixar o filhote, que, com todo o pêlo e calor estava de rastos. 

Pensamos em ir à Praia Fluvial da Tapada Grande, praia de bandeira azul, mas com tanta gente, ainda calor e pouca vontade de despir, fomos ver o local que eu mais queria ver: a Achada do Gamo - onde era feito o processamento do minério com vista à obtenção do cobre e do enxofre. 







Hoje apenas existem as ruínas das duas fábricas de enxofre e escombreiras de escória de minério. O processo conduzia à libertação de vapores de enxofre ( a pirite era queimada ao ar livre - ustulação ), que teve um impacto extremamente negativo no ambiente e por isso, foi abandonado pouco tempo depois. Nesta paisagem deserta podemos também observar um açude de lama industrial - seca aquando da visita - e várias chaminés, a mais recente ligada à primeira fábrica por um túnel parcialmente colapsado. 














Entre as ruínas de tons vermelhos e laranjas e uma sorte de céu - que pode sempre ser melhor mas tendo ido um pouco à aventura, não me posso queixar - fizemos uma geocache.


Apocalyptic Visions [Mértola] - GCC353 

Uma vista fantástica. Cuidado com os espinhos e eventuais bichinhos que se pegam às roupas. 


Fiz de stalker em pseudo-retratos e coisas conceptuais com as companhias que comigo foram a esta visita. Levei o pequeno Danboard comigo e divertimo-nos a rir sobre o facto de as ruínas se assemelharem à pequena caixinha.


















O impacto ambiental das actividades que num outro tempo aqui existiram é evidente. 
Por outro lado, o enxofre na sua forma sólida, a assemelhar-se a pipocas fora de prazo, fazem desejar poder ter visto pirite e enxofre cristalizada. 








Depois da curta visita e de um fresquinho de por-do-sol tardio, fomos até casa "lantar" pão alentejano, queijo fresco e presunto antes de voltarmos até Lisboa. 

Desse percurso, ficou a conversa entre mim e o meu rapaz, que o resto da companhia já dormia.
 



Destino a voltar.






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Part I   &   Part II









Friday, August 28, 2015

Mina de São Domingos, Beja, Alentejo - Parte II


Podia ficar aqui horas a relatar o bem que nos soube o almoço, mas vamo-nos ficar pelas fotos e pela Mina em si e assim, de barriguinha cheia, fomos ver o Pomarão. 


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O Pomarão é uma pequena aldeia situada no concelho de Mértola, freguesia de Santana de Cambas.

Faz fronteira com Espanha e fica situada na encosta, na margem esquerda do rio Guadiana, junto à confluência do rio Chança ( que nos fez pensar durante algum tempo que o rio para onde estariamos a olhar seria o Chança e não o Guadiana ). Nesta pequena aldeia, muito pouco populada, atracavam e eram carregados com minério de cobre os navios que depois desciam o Guadiana até à foz, em Vila Real de Santo António. 

O antigo cais, infelizmente um pouco mal tratado, relembra o passado não tão longínquo quanto isso, mas já inexistente.




















Imaginem o quão bonito deveria ter sido toda esta linha de produção e transporte nos anos 40 e 50 ou até bem mais para trás. 



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Deixamos o Pomarão rumo à Casa do Mineiro, mas sendo sábado, estava fechada.
Fica o Link para os curiosos. 

No entretanto, passamos pela paisagem árida do Verão alentejano, em azul sobre ouro, quente e seco.










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